A eleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva traz uma nova perspectiva para os servidores públicos. Após anos sem reajustes e constantes ameaças de perda de direitos, principalmente por meio da Reforma Administrativa – PEC 32/2020, o funcionalismo público poderá ser valorizado pelo novo governo, que toma posse no dia 1º de janeiro de 2023.
Há uma expectativa de reajuste salarial para os servidores já no primeiro ano. Uma mesa de negociações com as categorias será aberta para tratar desse e de outros temas, levando em consideração o estreito orçamento público aprovado no ano de 2022 para o exercício de 2023.
Uma nova Reforma Administrativa, com mudanças nas carreiras apenas para novos servidores, sem atingir os atuais, deverá entrar em pauta. Fazem parte da nova proposta o aprofundamento da transição digital, a modernização do formato dos concursos públicos e o combate ao assédio moral e sexual na administração federal. A ampliação da política de cotas no para minorias no setor público, como os indígenas, também está nos planos.
A alteração das estruturas de carreira é defendida por alguns assessores de Lula. A ideia, neste caso, é aumentar a distância entre o salário inicial e o término das carreiras, com o objetivo de gerar incentivos de produtividade e qualificação. Não está nos planos mexer na estabilidade dos servidores. As mudanças, contudo, devem ser graduais.
Foto: Agência Brasil
