No dia 8 de julho, um professor publicou em sua rede social, para os seus cerca de 650 seguidores, um vídeo fazendo piada sobre a notícia da chegada em Porto Alegre de uma estátua das lojas Havan. Tomando conhecimento desse vídeo, Luciano Hang copiou e postou no seu perfil, em que possui mais de 4 milhões de seguidores, o referido vídeo com o rótulo de “babaca”, chamando-o de “imbecil” e afirmando que o mesmo “quer destruir o país”.
Essa postagem contabiliza mais de 800 mil visualizações e foi compartilhada pelo empresário em outra rede social, dando uma dimensão e repercussão que jamais alcançaria tal piada e incitando seus seguidores a perseguir, ameaçar e xingar o professor, sua família e amigos.
Não bastasse a exposição promovida por Luciano Hang, o empresário também processou o professor, requerendo 400 mil reais a título de indenização por danos morais. Neste caso, representado pela RCSM Advocacia e Escritório Paese Ferreira, o docente viu-se obrigado a apresentar contestação para imposição da verdade dos fatos. Na ação, o servidor relata e comprova a narrativa verdadeira, pedindo a improcedência dos pedidos formulados na inicial, a condenação do empresário em razão da litigância de má-fé e a reconvenção da indenização por danos morais – uma espécie de “nova ação”, contra o próprio empresário.
Luciano Hang ajuizou dezenas de processos semelhantes, demonstrando claramente sua intenção de tolher a livre manifestação daqueles que o criticam, mostrando um padrão de verdadeiro lawfare contra seus críticos. O sensacionalismo conduzido pelo empresário é reforçado pelo seu pedido de indenização por danos morais, que extrapola qualquer limite do razoável. Além disso, a conduta de Hang humilhou e constrangeu o professor, estimulando diversas ameaças, xingamentos e outras práticas predatórias por parte de seus seguidores. Diante dos fatos, o docente solicita a reconvenção de indenização por danos morais, ou seja, a responsabilização do empresário pela depredação moral e pública de sua imagem e honra.
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