Pela primeira vez, a nova reitoria da UFRGS foi escolhida em uma eleição paritária, na qual os votos de alunos com matrícula ativa, professores e técnicos-administrativos tiveram o mesmo peso. Em consulta à comunidade, no dia 15 de julho, a Chapa 3 “Somos Unidade UFRGS”, de Marcia Barbosa e Pedro Costa, foi a vencedora, com o maior número de votos: 6.620, dos 17.636 votantes.
Nesta sexta-feira (19), em votação do Conselho Universitário (CONSUN), foi respeitada a decisão da comunidade. A chapa de Marcia Barbosa teve 44 votos, contra 26 da chapa 2, de Ilma Brum e Vladimir Pinheiro do Nascimento. Agora, o CONSUN enviará ao Ministério da Educação a lista tríplice, com a indicação da chapa mais votada. Até setembro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fará a nomeação de Marcia Barbosa como nova reitora da universidade.
Essa foi a primeira eleição com paridade. Anteriormente, o pleito conferia maior peso aos votos dos docentes
— Esta escolha para Reitoria representa um momento especialmente único. Primeiro, pela saída, ainda que tardia, de uma reitoria interventora, sem legitimidade material e que buscou durante todo seu mandato diminuir – no sentido político, administrativo e funcional – a Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Segundo, pelo ineditismo da escolha da gestão através do princípio da paridade, que traduz de maneira inequívoca a democracia em sua plenitude formal. Importante dizer que isto é a expressão máxima da vontade da comunidade acadêmica, uma vez que esta opção ocorreu através de votação no Conselho Universitário. Em terceiro, por alguns aspectos da campanha, como o bom nível do debate, a histórica participação da comunidade acadêmica, representada pelo número de votantes, e pelo fato de que três mulheres aspirararam ao cargo de reitora da UFRGS – destaca Thiago Mathias, advogado da RCSM Advocacia.
O mandato de Marcia Barbosa e Pedro Costa será de setembro de 2024 a setembro de 2028.
