O advogado Guilherme Monteiro, da RCSM Advocacia, participou, no dia 5 de novembro, da Roda de Conversa virtual promovida pelo ANDES/UFRGS sobre os problemas surgidos a partir da implementação do Ensino Remoto Emergencial (ERE) na Universidade. Monteiro esclareceu dúvidas dos docentes sobre as mudanças ocorridas em razão das aulas remotas.
Entre as principais preocupações dos professores estão a falta de mecanismo formal para avaliação, falta de um debate institucional sobre o assunto, falta de suporte da Administração Central, falta de participação direta dos alunos, dificuldades das novas rotinas, relação com a Reitoria, evasão de alunos, alterações na atribuição do conceito NI e os danos pedagógicos do formato regulamentado pela UFRGS na Resolução 25 de 2020 do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPE), após uma tramitação conturbada. O peso financeiro das aulas remotas também foi mencionado pelos docentes.
O advogado Guilherme Monteiro, integrante da Assessoria Jurídica do ANDES/UFRGS, antecipou que nem todos os custos dos docentes deverão ser cobertos pela Reitoria, apesar de o local de trabalho ter sido transferido para as residências. No entanto, a orientação é a de que, aqueles que conseguirem comprovar esses custos, elaborem um dossiê e façam um requerimento administrativo solicitando o pagamento das indenizações pertinentes.
As atividades remotas na UFRGS começaram em 19 de agosto, menos de 20 dias depois da implementação do sistema emergencial. O processo exigiu esforço por parte dos docentes para ajustar os conteúdos às plataformas virtuais, aprender a manipular softwares e rever rotinas em meio ao confinamento e à falta de estrutura.