Mesmo com as atividades presenciais suspensas, os professores da Universidade Federal do Pampa se reuniram nesta segunda-feira (08) para uma plenária virtual da Sesunipampa. Em debate, um posicionamento da categoria sobre a retomada das atividades nos campis da instituição. O advogado Guilherme Pacheco Monteiro participou da reunião no esclarecimento de dúvidas da categoria.
Os docentes que manifestaram posição sobre o assunto mostraram preocupação e consideraram precipitado falar em retomada das aulas presenciais em um momento que o número de casos de Covid-19 segue crescendo no país. Além disso, foi lembrado que antes mesmo da paralisação em função da pandemia a universidade já registrava problemas no fornecimento de produtos de higiene, como sabão e papel toalha, que são itens fundamentais para a prevenção ao vírus. Segundo os servidores, é preciso discutir ainda o modelo de aula à distância que será aplicado. “A validação de qualquer proposta tem de incluir amplo acesso, transparência e, principalmente, não aumentar a exclusão”, diz a nota da entidade.
A Sesunipampa vai realizar novas discussões virtuais para elaboração de um documento que vai balizar a discussão com a Reitoria antes da retomada das atividades.
Recentemente, a Organização Internacional do Trabalho publicou uma Nota de Orientação estabelecendo algumas medidas para o que chamou de “Um retorno seguro e saudável ao trabalho durante a pandemia da Covid-19”. O documento propõe que, antes do retorno ao trabalho, cada local de trabalho, posto de trabalho ou grupo de trabalhos específicos seja avaliado e que medidas preventivas sejam implementadas para garantir a segurança e a saúde de todos os trabalhadores e todas as trabalhadoras, de acordo com uma hierarquia de medidas preventivas. “A orientação da OIT é uma diretriz para todos os países que seguem suas determinações. Porém, é importante salientar, que o caso do Brasil é diferente, pois ainda estamos registrando aumento diário de casos da doença. E para muitos especialistas a situação ainda pode piorar”, destaca o advogado da RCSM Advocacia, Guilherme Pacheco Monteiro.